O Transtorno do comprar compulsivo, também conhecido como Oniomania, é marcado pelo descontrole do desejo de comprar e consequente prejuízo financeiro. Esse comportamento atinge mais mulheres que homens e traz prejuízos para as relações sociais, afetivas, familiares e profissionais – causando sofrimento significativo. Por vezes, ele está associado à fuga de questões emocionais.
Como identificar o transtorno do comprador compulsivo
A característica marcante dos compradores compulsivos é a aquisição por prazer, e não pela necessidade. Além disso, são afetados por uma série de emoções associadas às compras. Por exemplo, ansiedade, euforia, gratificação, culpa, arrependimento ou vergonha são alguns dos fatores associados à oniomania.
Geralmente, os portadores do transtorno do comprar compulsivo são indivíduos impulsivos, que aliviam seus pensamentos intrusivos (obsessão) no ato (compulsão) de comprar. Por isso, quando há impedimento de adquirir o que desejam, vivenciam angústia, frustração e irritabilidade.
Compradores compulsivos sentem tanta satisfação no momento da compra que se tornam incapazes de avaliar prejuízos. Desse modo, alguns deixam de pagar contas para gastar com coisas supérfluas.
Principais características da Oniomania
A Oniomania tem como principais características:
- Comprar sem necessidade.
- Não resistir ao impulso quando quer algo.
- Esconder compras de familiares.
- Comprar coisas que não usa.
- Mentir sobre valor do item comprado.
- Comprar quando está triste.
- Euforia ou ansiedade durante as compras.
- Culpa ou vergonha após a aquisição.
- Prejuízos financeiros.
- Gastar mais do que ganha e comprar mesmo sem dinheiro para isso.
- Alívio imediato e momentâneo após comprar.
Como o transtorno do comprar compulsivo se desenvolve?
Muitos fatores levam uma pessoa a comprar demais: diversão, desejo de ser aceito na sociedade, “influenciadores digitais”, baixa autoestima, status social… Por isso, conhecer a essência do transtorno ajudará na reestruturação de valores e reformulação de perspectivas.
Aspectos da infância também podem interferir na forma de consumo. Por exemplo: crianças que tiveram pais ausentes e foram “compensadas” com bens materiais crescem com a ideia de que compras são capazes de suprir o amor e o vazio emocional.
Compradores compulsivos devem ser acompanhados por psicólogos e psiquiatras. Isso porque a psicoterapia é um valioso recurso que auxilia o paciente a encontrar as origens emocionais do transtorno e retomar o controle de sua vida. Portanto, se você tem algum dos sinais do transtorno ou conhece alguém que os tenham, procure a orientação de um especialista.
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