As síndromes de Asperger e Autismo são condições que atualmente fazem parte dos Transtornos do Espectro Autista (TEA). Você sabe o que isso significa? Conhece os sintomas do Autismo? Sabe quais as principais diferenciações entre essa síndrome e Asperger?
Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o TEA é definido pela presença de “déficits persistentes na comunicação social e interação social em múltiplos contextos”.
Apesar de estarem descritas dentro do mesmo transtorno e resultarem em dificuldades comunicativas e nos relacionamentos ao longo da vida, algumas diferenciações entre Autismo e Asperger são importantes de serem mencionadas:
– Pessoas com Asperger podem ser excepcionalmente inteligentes, talentosas e habilidosas em determinada área (música, matemática, etc.). Por outro lado, portadores de Autismo costumam apresentar maiores dificuldades cognitivas.
– O Asperger tende a ser pouco emocional/afetivo e exibe interesses pessoais restritos – daí sua principal limitação em se relacionar com os outros. Já os Autistas, também apresentam dificuldades de socialização, entretanto, em virtude do desinteresse mais global em relação ao “mundo exterior”.
As duas condições são crônicas. Mas o diagnóstico precoce em ambos os casos é fundamental para definição do quadro clínico e melhor condução do tratamento.
Quanto mais assertiva e completa for a abordagem, mais substancial será o controle sintomático e interação social ao longo da vida.
Acompanhamento multidisciplinar é essencial
A integração de cuidados visando acompanhamento multidisciplinar, incluindo outros profissionais da saúde, é essencial nos casos de asperger e autismo. Ou seja, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, neuropsicólogos, dentre outros, poderão otimizar a qualidade de vida da pessoa e dos familiares.
Ainda que seja necessário individualizar cada paciente conforme grau de acometimento, prejuízos implicados e particularidades, o tratamento tem objetivos principais:
- Estimular desenvolvimento social/comunicação;
- Melhorar o aprendizado e a autonomia (especialmente no Autismo);
- Corrigir comportamentos que prejudicam o aprendizado e relações interpessoais;
- Ajudar famílias a entenderem e lidarem melhor com a situação.
Com o tratamento adequado é possível melhorar muito o bem-estar desses pacientes e trazer maior conforto aos seus cuidadores.
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