Pular para o conteúdo

Dr. Helio Fádel

Clínica Fádel – Psiquiatria e Cirurgia Plástica Rua Oscar Vidal 307/sala 1202 – Centro (Juiz de Fora/MG)

Saúde mental é tudo!

Depressão, ansiedade e alcoolismo no futebol

  • por
psiquiatra esporte futebol

Um estudo de abrangência mundial realizado pela FifPro (2015) ressalta a importância da psiquiatria do esporte para o futebol. Depois de analisar aspectos mentais de 826 jogadores e ex-atletas de futebol, a pesquisa revelou que 38% dos atletas em atividade sofriam com sintomas depressivos e ansiosos. Além disso, 25% dos ex-atletas consumiam álcool excessivamente.

O índice é ainda maior entre os lesionados. Ou seja, o levantamento também identificou que os atletas que sofreram três ou mais lesões sérias tiveram de 2 a 4 vezes mais propensão a desenvolver sintomas psíquicos.

Esse estudo reitera a necessidade de otimização dos cuidados em saúde mental no futebol. Ainda que os investimentos no futebol sejam prioritariamente voltados para a performance, deixar de tratar a saúde mental é um erro até pensando no rendimento. Como poderá um atleta, em pleno sofrimento mental, desempenhar seu melhor futebol?

Por que ter um Psiquiatra Esportivo?

A falta do médico especialista em saúde mental (psiquiatra esportivo) no cotidiano do futebol pode impactar na saúde e desempenho dos atletas. O estudo acima reforça a necessidade e pertinência de trazê-lo para esse meio, idealmente incorporado no Departamento Médico do clube. Essa é a proposta diferencial do modelo in loco. 

Infelizmente, do modo como ocorre hoje, o principal trabalho envolvendo a psiquiatria no futebol é o terceirizado. Ou seja, o jogador vai ao psiquiatra externo apenas quando um problema maior já está presente. Com isso, o trabalho preventivo é perdido.

Deficiências do modelo atual com a psiquiatria

Algumas deficiências do modelo terceirizado ajudam a ilustrar a importância de um profissional especializado em psiquiatria do esporte, por exemplo:

  • Limitações do psiquiatra clínico com as particularidades esportivas.
  • Exposição do atleta por parte da imprensa e mídias sociais.
  • Sensação de fragilidade do jogador perante a equipe.
  • Impossibilidade de observação direta do atleta no seu ambiente (trabalho in loco).
  • Abordagens apenas focadas em situações de crise e não em prevenções.
  • Tendência a pior prognóstico devido a intervenção tardia.

Por isso, ter um psiquiatra familiarizado com a cultura do esporte, presente no dia-a-dia do futebol, bem relacionado com os atletas e comissão técnica se torna um diferencial positivo para os clubes. 

Além disso, sua atuação deve ser, preferencialmente, em conjunto com os psicólogos do esporte – essenciais no suporte psicológico dos atletas. Ambos, somando forças e fornecendo o mais completo cuidado dentro da saúde mental. 

Já que existem tantas tecnologias em prol dos aspectos FÍSICOS no futebol, por que não prover também todos os recursos existentes para os aspectos MENTAIS?! Essa reflexão pode impactar positivamente na saúde dos jogadores de futebol e consequentemente na totalidade desse esporte que é paixão nacional.

psiquiatra esporte futebol - Depressão, ansiedade e alcoolismo no futebol

Veja também

Conquistas pessoais e profissionais: o que só você vê.

Iniciação esportiva: quando começar a profissionalização.

Confira Dr. Helio Fádel na arquibancada da BandSports.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.