O imediatismo da modernidade associado ao acesso rápido e fácil à internet trouxe um problema cada vez mais comum: a dependência de internet e das redes sociais.
🔹Países como Estados Unidos e China já consideram dependência (vício) da internet uma questão de saúde pública.
🔹Realidade que preocupa o Brasil – 3º país com maior número de usuários totais de internet no mundo e o 2º no ranking de usuários do Facebook.
🔹O estudo Status of Mind, realizado no Reino Unido (2017), avaliou o impacto das principais plataformas sociais sobre a saúde mental dos jovens ao redor do mundo.
🔹O Instagram foi considerado a rede mais perigosa – muito ligado à ansiedade, depressão, cyberbullying e insatisfação com o próprio corpo.
🔹Ver as pessoas com aparência física “perfeita”, de férias o ano todo, em eventos e restaurantes maravilhosos faz com que alguns jovens entendam que estão perdendo o bom da vida, enquanto outros a apreciam.
🔹No entanto, redes sociais não retratam a realidade. Mas como as pessoas desejam ser vistas: sempre alegres, plenas e em evidência. Uma busca contínua pela autoafirmação e engrandecimento do Ego.
🔹Esse uso inadequado da rede social atua como impulsionador de expectativas irreais, aumentando sentimentos negativos como baixa autoestima e frustração.
🔹Toda a angústia ligada à impossibilidade de estar desconectado da rede/celular é conhecida por NOMOFOBIA. Um quadro que pode levar à ansiedade, depressão, TOC, instabilidade emocional, transtornos alimentares, fobia social e distúrbios do sono.
🔹A falta de consenso clínico sobre a descrição e os critérios diagnósticos impõe um dilema para os profissionais que cuidam daqueles com uso problemático de mídias interativas (PIMU).
🔹O tratamento psicológico é uma importante medida a ser considerada – visando substituir hábitos e pensamentos negativos por condutas mais assertivas.
🔹Profissionais da área da saúde mental devem estar cada vez mais atentos e familiarizados com as questões tecnológicas da atualidade.
⚠️ Assim, poderão compreender melhor a influência da internet na vida das pessoas e intervir mais positivamente desde a prevenção.
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Dr. Helio Fádel
Psiquiatra Clínico e do Esporte
CRM 59903 | RQE 27515