Performance emocional. Em vez de profissionais especializados à disposição da seleção durante a Copa, somente o técnico Tite (apoiador da saúde mental no futebol) tem a responsabilidade sobre o controle mental dos jogadores. O principal motivo alegado é que não haveria tempo para desenvolver o trabalho de forma coletiva.
Às vésperas do Mundial, não foi abordada a possibilidade de se criar departamentos de psicologia ou psiquiatria do esporte (este último tampouco conhecido pela CBF), assim como o de preparação física e análise de desempenho.
A excelência esportiva só será capaz de ocorrer quando houver a mesma priorização entre os aspectos físicos e os mentais.
Minimizar a preparação e fortalecimento mental significa não permitir ao atleta alcançar seu máximo desempenho e qualidade de vida.
Entidades esportivas, como a própria CBF, precisam seguir o exemplo dos europeus (Alemanha é parâmetro) e pragmatizar cada vez mais a incorporação do trabalho de psicólogos e psiquiatras especializados em questões esportivas.
É um trabalho a longo prazo, sem dúvidas. Mas que, se iniciado desde já, trará resultados bastante positivos no futuro.
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Dr. Helio Fádel
Psiquiatra Clínico e do Esporte
CRM 59903 | RQE 27515