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Dr. Helio Fádel

Clínica Fádel – Psiquiatria e Cirurgia Plástica Rua Oscar Vidal 307/sala 1202 – Centro (Juiz de Fora/MG)

Saúde mental é tudo!

Transtorno Depressivo Maior

Características diagnósticas

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) também é conhecido como Depressão Unipolar ou Depressão Maior. Suas características clínicas incluem persistência de humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por atividades previamente desejadas. Excluídas condições médicas que afetem o humor, também observam-se de forma persistente:
  • Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta em um curto período de tempo;
  • Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
  • Agitação ou retardo psicomotor;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada;
  • Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão;
  • Pensamentos recorrentes de morte.
O TDM está associado com alta mortalidade, em boa parte contabilizada pelo suicídio. Assim, reitera-se a importância de uma boa rede de apoio a esses pacientes.  

Prevalência e desenvolvimento

A prevalência de 12 meses do TDM nos EUA é de aproximadamente 7% com acentuadas diferenças por faixa etária. A prevalência em indivíduos de 18 a 29 anos é 3x maior do que aquela observada em pessoas acima de 60 anos. Mulheres experimentam índices 1,5 a 3x mais altos do que os homens, começando no início da adolescência. O TDM pode surgir em qualquer idade, mas a probabilidade de início aumenta sensivelmente com a puberdade. Nos EUA, a incidência parece atingir seu pico na década dos 20 anos; entretanto, o primeiro episódio na idade avançada não é incomum. A cronicidade dos sintomas depressivos aumenta substancialmente a probabilidade de transtornos da personalidade, ansiedade e abuso de substâncias subjacentes. Em paralelo, diminui a probabilidade de que o tratamento seja seguido pela resolução completa dos sintomas.  

Risco de suicídio

A possibilidade de comportamento suicida existe permanentemente durante os episódios depressivos maiores. O fator de risco descrito com mais consistência é a história prévia de tentativas ou ameaças de suicídio. Porém, deve ser lembrado que, a maioria dos suicídios completados, não é precedida por tentativas sem sucesso. Outras características associadas ao aumento do risco de suicídio:
  • Sexo masculino;
  • Ser solteiro ou viver sozinho
  • Sentimentos proeminentes de desesperança.
Por fim, a presença de transtorno da personalidade borderline aumenta consideravelmente o risco de tentativas de suicídio futuras.   Principal referência bibliográfica: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5 American Psychiatric Association